Após o chumbo no teste de resistência feito pela Greenpeace
Central nuclear de Almaraz causa preocupação em Vila Velha de Ródão
O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, está preocupado com as recentes notícias que dão conta do chumbo no teste de resistência à central nuclear espanhola de Almaraz feito pelo Greenpeace.
“Fiquei muito preocupado com a questão e soube da situação pela Comunicação Social. Enquanto presidente de câmara e cidadão, estando Vila Velha de Ródão no raio de influência da central nuclear, fico muito preocupado e acho que isto devia ser esclarecido”, afirmou Luís Pereira.
A central nuclear espanhola de Almaraz, a mais próxima da fronteira portuguesa, chumbou recentemente num teste de resistência pedido pela Greenpeace, onde evidenciou a falta do mesmo tipo de válvulas que permitiu o acidente em Fukushima, Japão, em 2011.
“Fico chocado depois daquilo que se passou no Japão, da lição que tivemos, naquilo que dá muitas vezes subestimar a segurança em matérias tão críticas”, referiu o autarca de Vila Velha de Ródão.
Luís Pereira disse ainda que à falta de uma pronúncia das entidades espanholas sobre o assunto, o Governo Português “deve exigir uma explicação, porque somos parte interessada na matéria”.
“Estamos a pôr as coisas para baixo do tapete e esperar que elas se resolvam ou passem despercebidas. Acho que é muito grave e isto não pode ficar sem tratamento”, concluiu.
Entretanto, o responsável pelo núcleo da Quercus de Castelo Branco, Samuel Infante, já se tinha pronunciado sobre o assunto e acrescentou que a central nuclear de Almaraz “está completamente obsoleta” e “é uma bomba relógio” para a Região e para o País.
A funcionar desde o início da década de 80, Almaraz está situada junto ao Rio Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo, depois de o rio entrar em Portugal.