Em Salvaterra do Extremo
Eco Festival Salva a Terra começa esta quinta-feira
A Quercus – Núcleo de Castelo Branco, em conjunto com o projeto musical Velha Gaiteira e Câmara de Idanha-a-Nova, organiza, a partir de amanhã, quinta-feira, até domingo, em Salvaterra do Extremo, Concelho de Idanha-a-Nova, uma nova edição do Salva a Terra – Eco Festival de Música pelo CERAS.
O Festival, que decorre em pleno Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI) engloba várias atividades, como concertos, workshops, percursos interpretativos, observação de vida selvagem, conferências, cinema documental e animação diversa.
Recorde-se que o Salva a Terra tem como principal objetivo a angariação de fundos para o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens (CERAS), com a organização a destacar que este “funciona exclusivamente com trabalho voluntário desde 1998 e já recebeu mais de 2.700 animais selvagens, contando com uma taxa de recuperação positiva de 60 por cento de animais devolvidos à natureza”.
É também realçado que o Salva a Terra “é um eco festival 100 por cento Pro-Bono, no qual toda a organização, artistas, formadores, guias e restante equipa trabalham de forma voluntária em prol da preservação de algo que é de todos nós: a biodiversidade”, sublinhando que a edição de 2013 ganhou o prémio de festival mais sustentável no Portugal Festival Awards.
Por outro lado, a organização afirma que “nos tempos de crise que atravessamos, o Festival assume uma especial importância para o CERAS, pois o principal mecenas que suportava o trabalho do Centro, reduziu substancialmente o seu apoio anual”.
Mas para além disso o Festival também tem como objetivo divulgar a música desenvolvida em Portugal e no Mundo ao nível de fusões, descobertas, confluências e reuniões de vários géneros musicais como o jazz, folk, blues, fusão, tradicional e fanfarra, ao mesmo tempo que pretende “implicar os participantes (mú- sicos e público) de forma ativa na conservação da Natureza, fomentando o espírito participativo como única forma de verdadeiramente conhecer e compreender o meio natural, amá-lo e defendê-lo”.
A isto há ainda a juntar o facto de “dar a conhecer o património natural desta região, assim como as suas tradições e costumes; reavivar Salvaterra do Extremo, envolvendo os participantes no quotidiano da aldeia, alertando para as problemáticas do despovoamento associadas à desertificação e perda da biodiversidade; promover a partilha de ideias e experiências; e fomentar o trabalho de grupo, favorecendo a cooperação e integração dentro da comunidade onde se vai desenvolver o Festival”.
Ao longo dos quatro dias os cabeça de cartaz do espetáculos são os Gaiteiros de Lisboa, Galandum Galundaina, Terrakota, Zeca Medeiros e Nação Vira-Lata. Mas a estes juntam-se ainda André Oliveira, MK Nocivo, Búfalo Sentado, Gapura, Oco, Aí, Birds Are Indie, El Rupe, Laureana Geraldes, Dorahoag, Frederico Dinis, Sandro Norton, Lavoisier, Macaco Egoísta, Seiva, Marafona, Kanoa, Teresa Gabriel, Sérgio Walgood, Opaz! e Terra Livre.
A animação também não vai faltar com os disk jockeys DJ Ayala, DJ Alice Seleta, DJ’S Twisted Sisters, Raquel Bulha e António Pires.