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Vado e non torno
26/04

A Terceira Pessoa apresenta, no próximo sábado, 26 de abril, a partir das 21h30, na Fábrica da Criatividade, em Castelo Branco, a estreia da peça Vado e non torno, uma criação do encenador Brasileiro Maurício P. Castro, com o ator e encenador Óscar Silva.
Vado e non torno é um projeto que pretende testar as fronteiras disciplinares e dos meios performáticos, a partir da apropriação e transposição de conceitos associados à glitch art que explora o erro e a realidade ficcionada, com a intenção de compreender e representar o tempo real.
O projeto está em residência artística desde dia 9 de abril n’O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, e teve a sua antestreia no dia 17 de abril.
Com direção artística e performance de Óscar Silva e Mauricio P. Castro, também na dramaturgia, pretende concretizar-se unicamente no plano real, implicando o corpo do outro que cocria e observa simultaneamente.
Segundo é adiantado, “em Vado e non torno Maurício P. Castro parte do capítulo seis de Ulysses, de James Joyce, para levar o performer solitário, Óscar Silva, e o público numa jornada introspetiva e irónica sobre a morte e o além. No espaço sombrio a que poderemos chamar palco, somos levados a testemunhar as tentativas, quase sempre falhadas, do ator a tentar emergir das sombras para proclamar a grandiosidade do momento performativo.
Em oposição à criação artística como uma unidade coesa e com totalidade de sentido, em Vado e non torno, centrada na presença do outro, quem faz e quem vê, explora-se a consciência extrema do evento artístico como acontecimentos impuros. Investe-se na margem de risco e de imprevisibilidade, não como uma obsolescência descartável, mas enquanto metodologia crítica. Aliada à narrativa da viagem obscura de Bloom em Joyce, o performer conduz-nos pelas profundezas de um submundo, revelando a história de um explorador em Polcenigo, Itália, e suas experiências amorosas e existenciais em lugares como Gorgaz e Orrido di Val Celina. A encenação procura sempre desafiar os limites do tempo e da perceção humana, convidando o público a confrontar a efemeridade da vida e a eternidade da morte. O conflito vive assim da presença física do público que é desafiada e redefinida, à medida que o espetáculo questiona as noções convencionais de realidade e mortalidade, revelando o Inferno como uma metáfora do tempo medido em segundos e milénios.
Neste mergulho existencial, o espetáculo transcende as fronteiras da narrativa teatral tradicional, forçando o público a confrontar sua própria mortalidade e a explorar os mistérios do além.
Este espetáculo é dedicado a Sylvia Soares”.

 

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