O Centro Cultural Raiano (CCR), em Idanha-a-Nova, é palco, esta quinta-feira, 31 de outubro, a partir das 21h30, da estreia do espetáculo Memo, uma criação de Marlene Barreto. Com música original de Madalena Palmeirim, esta é a segunda obra da trilogia Teoria do Pessimismo, focada nos perigos que assolam a democracia.
Marlene Barreto, criadora e única intérprete do espetáculo, explora em Memo temas como a desumanização, o controlo totalitário e a resistência. A obra questiona as consequências da perda de identidade e memória, e a luta pela recuperação de uma humanidade igualitária, onde a igualdade de género não seja vista como uma ameaça, nem as mulheres sejam reduzidas a meros instrumentos de educação, como acontece nas sociedades patriarcais.
Memo é um exercício de imaginação sobre a importância da memória na luta contra a opressão, que desafia o público a refletir sobre as atuais estruturas de poder e as consequências de uma sociedade que sacrifica a igualdade e a liberdade, privilegiando o status quo da sociedade.
A anteceder a apresentação de Memo, esta terça-feira, 29 de outubro, Marlene Barreto fez uma leitura dramatizada de Aquário, a primeira obra da trilogia Teoria do Pessimismo. Recorde-se que Aquário teve a sua estreia em dezembro de 2020, na Póvoa de Varzim, sendo que encontro anual de escritores Correntes d’Escritas, em fevereiro deste ano, foi apresentado como livro-objeto. Aquário, além de espetáculo e livro-objeto, conta também com um videoclipe, realizado por Marlene Barreto, com música original da brasileira Brina Costa e no qual participam Madalena Palmeirim, Moreno Veloso, Paulo Mutti e Zé Manoel.